quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Conama compatibiliza meio ambiente com desenvolvimento


"Na história do País, o Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conama, conseguiu compatibilizar o meio ambiente com a necessidade de desenvolvimento", afirmou nesta quarta-feira (24/11) Paulo Nogueira Neto, primeiro secretário especial de Meio Ambiente do Brasil (1973-1985) e primeiro secretário-executivo do Conama, durante a 100ª reunião ordinária do conselho.
"O Conama contribuiu para a instituição da democracia no Brasil e para a consolidação do paradigma do desenvolvimento sustentável, hoje presente em todas as discussões", completou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que prestou homenagem aos atuais conselheiros do Conama - Paulo Nogueira-Neto (Adema/SP), Jairo Cortês Costa (FBCN) e Antonio Alves Almeida (CNTC) presentes na primeira sessão do Conama em 5 de junho de 1984.
A ministra reforçou a importância do Conama como espaço de diálogo permanente entre a sociedade civil organizada e os setores acadêmico, empresarial e governamental e fez um balanço dos últimos oito anos, em que o Conama aprovou 55 resoluções, 10 recomendações e 64 moções.
Durante a manhã também foi feito um debate sobre o Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins e Araguaia entre representantes governamentais e da sociedade civil organizada, que discutiram sobre a integração da questão ambiental ao planejamento ambiental estratégico. Com 920 mil km2, a região da Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins e Araguaia é hoje uma das fronteiras de desenvolvimento do país, abrigando sete milhões de habitantes, 29 milhões de cabeças de gado (14% do país) e 3,46 milhões de hectares utilizados para fins agrícolas.
A 100ª reunião ordinária do Conama continua no período da tarde e se estende até o final da quinta-feira (25/11), com a discussão de moções e de resoluções, com destaque para a proposta de resolução que trata do licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental no entorno de Unidades de Conservação ou suas zonas de amortecimento.
O Ministério do Meio Ambiente transmite online a plenária comemorativa, com apoio do Ibama e da equipe do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
Quando: Quarta e quinta (24 e 25/11), das 9h às 18h
Onde: Auditório nº 1 do Edifício-sede do Ibama, Setor de Clubes Esportivos Norte, SCEN Trecho 2, Brasília/DF.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Plásticos coletados em oceanos viram nova linha de aspiradores de pó

A Electrolux acaba de anunciar uma nova linha de aspiradores de pó feitos com plástico coletado dos oceanos. Cada um dos cinco aspiradores possui uma capa feita de plástico encontrado em diferentes locais, como os oceanos Pacífico e Índico e os mares do Atlântico Norte, Mediterrâneo e Báltico.
A capa é aplicada sobre a estrutura convencional de um aspirador de pó Electrolux Ultra One Green. Cada um deles demonstra como a poluição dos plásticos nos oceanos é um problema mundial. Os modelos são diversos para mostrar que o detalhamento do problema é diferente em cada região.
“Cada aspirador será único, dependendo do tipo de plástico que encontrarmos”, diz Cecília Nord, vice-presidente do departamento de sustentabilidade e assuntos ambientais da Electrolux. “Se estivermos na Suécia, o tipo de lixo que encontraremos terá vindo do Norte da Europa. Quando coletamos plástico na Thailândia, ele é completamente diferente”, completa ela.
Por exemplo, os plásticos coletados na praia de Bohuslän, no oeste da Suécia, consistem principalmente em embalagens de detergentes e amaciantes. O plástico, retirado da Suécia, não perdeu sua cor, assim como os que foram encontrados nos grandes oceanos. As partículas são grandes, possuem cores fortes e, muitas delas, estavam cobertas de óleo.
A companhia fez parcerias com organizações e voluntários para coletar o plástico, fazendo do projeto uma grande oportunidade para educar pessoas sobre o problema do plástico nos oceanos.
A Electrolux reconhece que utiliza grandes quantidades de plástico em seus produtos, e que eles têm grande impacto ambiental. Fazer peças feitas de plástico coletado dos oceanos não é exatamente uma solução sustentável, mas isso ajuda a empresa a focar na redução do consumo do plástico e a incentivar os consumidores a reciclar.
Segundo a Electrolux “os aspiradores de pó encarnam o paradoxo do plástico: os oceanos estão cheios de lixo plástico, ainda sim, em terra há uma escassez de plástico reciclado para a produção de aparelhos sustentáveis. A Electrolux produz o aparelho Green Rage com 70% de plástico reciclado, mas pretende alcançar os 100%”.
“Nossa intenção é trazer a conscientização para a situação e necessidade da reciclagem do plástico. Já atingimos 60 milhões de pessoas em nossa campanha, até agora, e vamos continuar com a iniciativa devido a grande sucesso”, completa Nord.
Segundo dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA) o plástico que entra em decomposição nos oceanos é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinhas, além de prejudicar outras espécies como tartarugas, tubarões e centenas de peixes.

Site Geração Sustentável e Divulgação Electrolux

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tratamento conjunto de lixiviado e esgoto é viável

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP demonstra a viabilidade de tratar o lixiviado, líquido produzido em aterros sanitários, em estações de tratamento de esgotos. O estudo da engenheira Miriam Moreira Bocchiglieri aponta que o tratamento conjunto pode trazer vantagens ambientais, desde que planejado e executado adequadamente, respeitando a capacidade das estações.
O trabalho procurou analisar experiências de tratamento do lixiviado de aterros sanitários (mais conhecido como chorume), em conjunto com o esgoto, em estações do sistema público no Estado de São Paulo. “O tratamento pode ser feito no próprio aterro de maneira integral ou parcial, ou em conjunto com os esgotos sanitários”, relata a pesquisadora. “Em muitos casos, entretanto, ele não é tratado, sendo usual a prática de recirculação do lixiviado pelas células do aterro”.
O estudo foi desenvolvido na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE)  de Barueri, de grande porte. Também  foram analisadas estações menores, em São Sebastião (ETE Boiçucanga), no litoral, e nos municípios de Tupã e Fernandópolis, no interior de São Paulo.
A estação de Barueri emprega o processo de tratamento por lodos ativados convencional. “A vazão elevada confere flexibilidade ao sistema pela diluição dos lixiviados com os esgotos sanitários”. Em Boiçucanga é usado o método de lodos ativados por batelada. A estação de Tupã emprega o sistema de lagoa aerada, enquanto Fernandópolis utiliza um processo natural, o chamado sistema australiano, composto por lagoa anaeróbia seguida de facultativa.
Capacidade
Todas as estações estudadas podem receber o lixiviado, mas é necessário estabelecer limites de recebimento. “Para dimensionar o potencial de recebimento, deve-se verificar a capacidade de suporte das estações, na fase líquida e na fase sólida, considerando a proteção aos sistemas biológicos de tratamento(aeróbios e anaeróbios) e o atendimento à legislação quanto ao efluente e lodo gerados nas estações”, observa Miriam.
Segundo a pesquisadora, dentro da tendência mundial de se tratar fontes de poluição “da porta para dentro”, o ideal seria tratar o lixiviado no próprio aterro. “Porém, em função das características específicas dos lixiviados, como a elevada carga orgânica, a flutuação de vazão em decorrência das chuvas, o tratamento “isolado” pode se tornar complexo e caro”, aponta a engenheira.
O tratamento conjunto, sob condições específicas, pode se configurar numa alternativa sanitária e ambientalmente segura, se os sistemas forem bem projetados, bem concebidos e bem operados, mediante critérios já conhecidos e consagrados tecnicamente. “Essa integração pode representar avanços importantes nas questões de desenvolvimento urbano e qualidade ambiental”, diz Miriam. ”Para sua viabilização é preciso haver o envolvimento das esferas competentes, nas quais têm início os processos de planejamento das cidades”.
O estudo recomenda que os municípios, ao implantarem aterros sanitários e estações de tratamento de esgotos, analisem a possibilidade de operação conjunta.  A pesquisa de Miriam é descrita em tese de doutorado apresentada na FSP em maio deste ano. O trabalho teve a orientação do professor Wanderley da Silva Paganini.
Fonte: Agência USP

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Encontro presencia propicia aos alunos conhecerem atividades da SANEPAR e UFPR referentes a aproveitamento de resíduos e recuperação de áreas degradadas.

O 2º Encontro Presencial da turma 2010 do  Curso de Pós-graduação em Economia e Meio Ambiente proporcionou visita técnica a campo aos alunos participantes.
Elas aconteceram nas dependências da  SANEPAR - Companhia de Saneamento do Paraná e  da estação experimental do Canguiri - da UFPR e foram orientadas  pelo professor do curso Charles Cordeiro, técnico da SANEPAR, consultor da área e professor do curso.

Na parte da manhã foi visitada a Estação de Tratamento de Esgotos Padilha Sul  e os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as pesquisas realizadas pela SANEPAR para reaproveitamento de lodo e captura de biogás para geração de energia.

No período da tarde, as visitas ocorreram nos reservatórios da SANEPAR, em  Piraquara, aonde os alunos foram conheceram projetos de recuperação de áreas degradadas. As visitas técnicas foram finalizadas na Estação Experimental Canguiri, da UFPR, onde tiveram a oportunidade de ter contato com as áreas de reflorestamento da instituição.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fabricantes recolheram quase 30 milhões de pneus velhos no 1º semestre Entre janeiro e março deste ano, 68% do volume coletado foi reutilizado como fonte energética

No primeiro semestre, mais de 146 mil toneladas de pneus descartados e sem condições de reutilização foram coletados e destinados de forma ambientalmente adequada à geração de energia e à reciclagem.
O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (3) pela Reciclanip, entidade criada para atender ao Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Em 1999,  essa iniciativa determinou que os fabricantes brasileiros de pneus novos devem arcar com a logística e os custos de coleta e destinação.

O volume recolhido nos seis primeiros meses do ano equivale a 29,3 milhões de pneus de passeio. “Em relação ao inicio do programa, em 1999, é um acréscimo significativo. Nós estamos dizendo que, este ano, vamos superar a casa de 310 mil toneladas de pneus inservíveis, o que significa basicamente 64 milhões de pneus de passeio. É um valor significativo se comparado ao de países europeus. O programa hoje tem uma maturidade muito grande”, avaliou César Fáccio, gerente geral da entidade.


Segundo o balanço do primeiro trimestre de 2010, 68% do volume coletado foram destinados para uso como fonte energética e 32% para reutilização em novos produtos, como asfalto borracha, solas de sapato, piso antiderrapante etc. No segundo trimestre, foram 64% para uso energético e 36% para produtos.


Mercado de revenda movimenta 40 milhões de pneus usados


Quase 40 milhões de pneus entram no mercado de revenda brasileiro, segundo dados da Reciclanip. Estimativas de organismos internacionais calculam que a produção de pneus novos em todo o mundo chega a quase 2 milhões de unidades por dia e o descarte de pneus usados atinge 800 milhões de unidades.


“O projeto já investiu até o meio do ano US$ 114 milhões. E este ano já utilizamos US$ 15 milhões. No segundo semestre utilizaremos mais US$ 15 milhões, totalizando US$ 30 milhões investidos em 2010. Esse dinheiro vem dos produtores de pneus”, explicou Faccio.

Fonte: Agência Brasil