quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Medidor Sustentável

Imagine uma ferramenta que possibilite a gestão da Sustentabilidade de sua empresa, o controle de indicadores, que seja ideal para monitoramento GRI, ISE e Dow Jones, contando ainda com comparação entre unidades, a divulgação de suas metas, a gestão constante e efetiva em apenas alguns cliques.
Segundo estudo da Deloitte, em 2009, 78% das maiores organizações brasileiras contavam com práticas sustentáveis. No entanto, de nada adiantam essas práticas, se não houver um controle de indicadores para garantir que as atividades estejam surtindo efeito e ajudando na conscientização dos funcionários e da comunidade.
 “É preciso educar e mostrar na prática quais recursos podem ser menos utilizados”, diz Regina Miranda, sócia-fundadora da Bio2 Sustentabilidade. “As companhias precisam avaliar os investimentos feitos e mostrar aos investidores que eles são importantes”, completa Flavio Fernandes, sócio da empresa.
 Atenta à questão, a Bio2 – voltada para ações de sustentabilidade – desenvolveu o Medidor Sustentável. A solução, única ferramenta da Oracle para o tema, permite a publicação periódica de indicadores para despertar a consciência e mobilizar para uma gestão eficiente dos recursos usados nas empresas. Os dados inseridos no sistema refletem o desempenho financeiro, social e ambiental da organização.
 “Visitamos mais de 200 empresas e verificamos que elas precisavam de uma ferramenta gerencial para acompanhar os resultados de sustentabilidade. Por isso, nos dedicamos dois anos ao desenvolvimento da solução, realizada em conjunto com o Instituto Stela, ligado à Universidade Federal de Santa Catarina”, conta Regina.
Diversos indicadores, segundo ela, podem ser acompanhados por meio da plataforma, dos mais simples, entre eles consumo de água e de energia, aos mais estratégicos, como a comparação entre produção de linhas de produtos para verificar perdas e economias. “Também é possível identificar qual o melhor horário para fazer instalações e ajustes nas máquinas sem gastar muita energia ou diminuir a produtividade dos funcionários”, destaca a executiva.
Uma grande indústria alimentícia foi a escolhida para abrigar o projeto piloto do Medidor. “O resultado foi tão satisfatório que eles decidiram levar o modelo para 28 fábricas na América Latina”, diz Regina.
Relatórios de Sustentabilidade
Em pouco mais de dez anos, os Relatórios de Sustentabilidade passaram de voluntários a vitais. De acordo com o site CorporateRegister.com (uma fonte de referência independente), pouco mais de 500 empresas lançaram relatórios, em 1999. Esse número está, agora, próximo a 3.500, refletindo a grande tendência entre companhias de todo o mundo de emitir relatórios que apresentem os objetivos de seus compromissos ambientais e sociais, juntamente com os já tradicionais relatórios financeiros.
As práticas corporativas estão se movendo além dos padrões generalizados para uma análise mais precisa da sustentabilidade de processos específicos, como o uso de água ou as emissões de carbono na fabricação de um determinado produto. Este relatório do nível de produto é onde está o futuro.
Esse modelo é mais profundo e confiável que os esforços de comunicação anteriores, que incidiam sobre as medidas da empresa como um todo. O cálculo do impacto ambiental e social de cada produto representará novos desafios às empresas, mas também novas oportunidades para a inovação, ganhos de produtividade e eficiência operacional no longo prazo.
Some a isso a necessidade de controle e acompanhamento desses indicadores, bem como a exigência cada vez maior de ferramentas que possibilitem a rápida compreensão dos dados e uma constante atualização de dados, seguindo o movimento e voracidade do novo mercado consumidor – baseado na Internet e tecnologia.
Nesse campo, o Medidor Sustentável acompanha as principais tendências mundiais de reporte, organizando as informações de forma visualmente cativante, lúdica e de fácil compreensão, para que as ações de sustentabilidade das companhias ultrapassem os muros do escritório e atinjam não só todos os seus funcionários, mas também seus clientes e consumidores.

Fonte: AGENDA SUSTENTÁVEL

Alumínio: Infinitamente Reciclável

A reciclabilidade é um dos atributos mais importantes do alumínio. Qualquer produto produzido infinitas vezes, sem perder suas qualidades no processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais. O exemplo mais comum é o da lata de alumínio para bebidas, cuja sucata transforma-se novamente em lata após a coleta e refusão, sem que haja limites para seu retorno ao ciclo de produção. Esta característica possibilita uma combinação única de vantagens para o alumínio, destacando-se, além da proteção ambiental e economia de energia, o papel multiplicador na cadeia econômica.
A reciclagem de alumínio é feita tanto a partir de sobras do próprio processo de produção, como de sucata gerada por produtos com vida útil esgotada. De fato, a reciclagem tornou-se uma característica intrínseca da produção de alumínio, pois as empresas sempre tiveram a preocupação de reaproveitar retalhos de chapas, perfis e laminados, entre outros materiais gerados durante o processo de fabricação.
Este reaproveitamento de sobras do processo pode ocorrer tanto interna como externamente, por meio de terceiros ou refusão própria. Em qualquer caso representa uma grande economia de energia e matéria-prima, refletindo-se em aumento da produtividade e redução da sucata industrial.
A reciclagem de produtos com vida útil esgotada, por sua vez, depende do tempo gasto entre seu nascimento, consumo e descarte. Isto é chamado de ciclo de vida de um produto, que pode ser de 45 dias, como no caso da lata, até mais de 40 anos, no caso de cabos de alumínio para transmissão de energia elétrica. Em qualquer caso, o alumínio pode ser reciclado infinitas vezes.
Quanto mais curto for o ciclo de vida de um produto de alumínio, mais rápido será o seu retorno à reciclagem. Por isso, os volumes de reciclagem da indústria alcançaram índices expressivos, com a entrada da lata de alumínio no mercado.

Multiplicador na cadeia econômica

O índice de reciclagem de latas de alumínio no País atingiu a marca de 78% em 2000, o segundo maior do mundo, superado apenas pelo Japão, determinado a expansão de um setor quase sempre marginalizado na economia, mas que movimenta volumes e valores respeitáveis: o da coleta e comercialização de sucata.
Essa atividade assume um papel multiplicador na cadeia econômica, que reúne desde as empresas produtoras de alumínio e seus parceiros, até recicladores, sucateiros e fornecedores de insumos e equipamentos para a indústria de reciclagem.
Trata-se de um setor que tem estimulado o desenvolvimento de novos segmentos, como o de fabricantes de máquinas para amassar latas, prensas e coletores e que atrai ainda ambientalistas e gestores das instituições públicas e privadas, envolvidos no desafio do tratamento e reaproveitamento de resíduos e também beneficia milhares de pessoas, que retiram da coleta e reciclagem sua renda familiar.
Não é para menos que o mercado brasileiro de sucata de lata de alumínio movimenta hoje mais de US$100 milhões anuais.

Reflexos Ambientais e Sociais

A reciclagem de alumínio cria uma cultura de combate ao desperdício. Difunde e estimula o hábito do reaproveitamento de materiais, com reflexos positivos na formação da cidadania e no interesse pela melhoria da qualidade de vida da população.
O alto valor agregado do alumínio desencadeia um benefício indireto para outros setores, como o plástico e o papel. A valorização do alumínio para o sucateiro torna atraente sua associação com coletas de outros materiais de baixo valor agregado e grande impacto ambiental. Além disso, a perspectiva de reaproveitamento permanente chama a atenção da sociedade por produtos e processos limpos, criando um comportamento mais renovável em relação ao meio ambiente no País.

Benefícios da Reciclagem de Alumínio
Econômicos e Sociais Ambientais
  • Assegura renda em áreas carentes, constituindo fonte permanente de ocupação e remuneração para mão-de-obra não qualificada.
  • Injeta recursosnas economias locais através da criação de empregos, recolhimentos de impostos e desenvolvimento do mercado.
  • Estimula outros negócios, por gerar novas ativodades produtivas (máquinas e equipamentos especiais)
  • Favorece o desenvolvimento da consciência ambiental, promovendo um comportamento responsável em relação ao meio ambiente, por parte das empresas e dos cidadões.
  • Incentiva a reciclegem de outros materiais, multiplicando ações em virtude do interesse que desperta por seu maior valor agregado.
  • Reduz o volume de lixo gerado, contribuindo para a solução da questão do tratamento de resíduos resultantes do consumo.

Os Índices de Reciclagem de Alumínio no Brasil

Em 2002, o Brasil reciclou 253.500 toneladas de alumínio, equivalente a 35% do consumo doméstico, ficando acima da média mundial de 33%. Além disso, o país lidera a reciclagem de latas de alumínio, tendo alcançado o índice de 87%, mantendo o País como campeão na reciclagem de latas de alumínio entre os países onde esta atividade não é obrigatória por lei, posição conquistada em 2001, quando o índice brasileiro alcançou 85% e superou o do Japão, que liderava o ranking até então. O índice do Japão relativo a 2002 será divulgado em julho e deverá confirmar a liderança brasileira.
O índice de 87% corresponde a um volume de 121,1 mil toneladas de latas de alumínio, ou 9 bilhões de unidades, aproximadamente. Os números indicam um crescimento de 2,6% sobre o volume coletado em 2001, que foi de 118,0 mil toneladas (aproximadamente, 8,7 bilhões de unidades). Desde 1998, quando ultrapassou pela primeira vez o índice dos Estados Unidos (63% contra 55%), o índice brasileiro vem apresentando crescimento médio de 10% ao ano.

Reciclagem de Alumínio            

No Brasil, a reciclagem de latas de alumínio envolve mais de 2.000 empresas de sucata, de fundição secundária de metais, transportes e crescentes parcelas da população, representando todas as camadas sociais - dos catadores até classes mais altas.
As latas coletadas são recicladas e transformadas em novas latas, com grande economia de matéria-prima e energia elétrica.
A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma tonelada de alumínio, gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica.
A reciclagem da lata representa uma enorme economia de energia: para produzir o alumínio são necessários 17,6 mil kw. Para reciclar, 700 kw. A diferença é suficiente para abastecer de energia 160 pessoas durante um mês.
Hoje, em apenas 42 dias uma latinha de alumínio pode ser comprada no supermercado, jogada fora, reciclada e voltar às prateleiras para o consumo.
A reciclagem de latas de alumínio é um ato moderno e civilizado que reflete um alto grau de consciência ambiental alcançado pela população.
Trata-se da junção de esforços de todos os segmentos da sociedade, das indústrias de alumíno até o consumidor, passando pelos fabricantes de bebidas.
Os reflexos da atividade contribuem de várias maneiras para elevar o nível de qualidade de vida das cidades brasileiras.

Fonte: ABAL (Associação Brasileira do Alumínio)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Petrobras terá de pagar R$ 6 mi por dano ambiental


A Petrobras foi condenada a pagar indenização de R$ 6 milhões pelo vazamento, em 2001, de resíduos poluidores da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A multa foi fixada pela 2º Vara Cível de Caxias, após ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público fluminense, e será paga ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A decisão beneficia cerca de dez mil moradores atingidos em um raio de aproximadamente 15 quilômetros do local do vazamento, que deverão receber indenizações a partir de 50 salários mínimos.
O dano ambiental foi causado por um problema técnico no interior da refinaria em 13 de junho de 2001, na Unidade de Craqueamento Catalítico. O problema paralisou totalmente do sistema no dia seguinte, quando ocorreu um vazamento de enormes proporções, que liberou cerca de 140 toneladas de poluentes na atmosfera pelo rompimento do chamado Ciclone Primário do Regenerador. A peça danificada funcionava como um redutor de partículas poluentes no processo de reutilização do pó bruto usado no refino do petróleo.
De acordo com a sentença, o produto não é rapidamente biodegradável e acarreta danos de curto, médio e longo prazos à saúde. A perícia realizada mostrou que partículas como essas podem se inserir na cadeia alimentar, causando lesões, inclusive a gerações futuras, contaminando alimentos e recursos hídricos. Conforme a Justiça, foi demonstrado que danos ambientais e materiais foram causados à população, prejudicada no abastecimento de água, além de danos à saúde e morais.

Ainda segundo a sentença, o material é classificado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como "resíduo perigoso de importação proibida". A perícia constatou também que, durante décadas, a Petrobras deixou de fazer as revisões necessárias em seus equipamentos.

Fonte: Agência O Estado

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Brasil pode ter 93% da matriz energética limpa até 2050

Um relatório do Greenpeace diz que o País pode ter 93% da energia elétrica com origem em fontes renováveis, como eólica, biomassa e solar, sem deixar de ter crescimento do PIB. O documento foi apresentado ontem durante a Conferência do Clima da ONU de Cancún, a COP-16.

O aumento da energia limpa é chamado pela ONG de revolução energética. Haveria benefício com a redução do uso de combustíveis fósseis, já que eles contribuem para as mudanças climáticas. Também seria uma forma de garantir a geração de 3 milhões de empregos.
No cenário da revolução energética, as hidrelétricas responderiam por 45,6% da matriz, a eólica por 20,3%, a biomassa por 16,6% e a solar por 9,26%. Considera-se que é possível aumentar até 2050, nesse quadro, até três vezes a taxa de consumo de energia e em até 4% o PIB. E não haveria necessidade de usar termelétricas a carvão, óleo diesel ou usinas nucleares. O gás natural, considerado "fonte de transição", corresponderia a 7,3% da matriz. A energia oceânica teria 0,77%.
O cenário que usa dados do governo aponta que em 2050 a eólica seria 6% da matriz, a biomassa 8,85% e a solar, menos de 1%. A fonte hidrelétrica seria a maioria (56,3%), gás natural seria 15,9%, óleo combustível, 5,35% e nuclear, 5,31%.
Fonte: Celulose Online